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ESR-MPEL09 - Atividade 2 Em busca de uma definição de "cibercultura"

DESCRIÇÃO                                                                                                                                                                                                                  
Participação em Fórum - No segundo Fórum, foi-nos pedido que reflectíssemos e discutíssemos sobre a dimensão cultural da sociedade em rede.
Referências - "Sociedade em Rede", Cap. 5 de Manuel Castells e "A Cultura na Sociedade em Rede", por Pedro Abrantes.

Utopia informacional

(cont.)

 Mais à frente, nesta entrevista, Clinton afirma: A globalização não é uma coisa que se pode ligar e desligar - ela está aí. Temos de trabalhar a partir do ponto em que estamos. Claro que não podemos esperar que as pessoas abracem o conceito de globalização enquanto não sentirem directamente seus benefícios. A globalização precisa trabalhar para as pessoas.

E, à pergunta O que exactamente é preciso fazer para melhorar a globalização?, o ex-presidente dos EUA responde desta forma: Precisamos reconhecer que não podemos ter um sistema económico global sem construir um sistema social global.
Questionado sobre os principais desafios que o mundo enfrentará nos próximos 10 anos, Clinton, começa por referir, como primeiro, a persistente e crescente desigualdade de oportunidades, de acesso à educação e à assistência médica, presente em todas as regiões do mundo.

Afinal, a questão que neste momento estamos a debater e que vai ao encontro de uma das conclusões de Castells no livro em análise, página 613:
Os processos de transformação sintetizados no ideal tipo de sociedade em rede ultrapassam a esfera do social e as relações técnicas de produção: afectam a cultura e o poder, de forma profunda.

Portanto, assim, as desigualdades sociais e a concentração do poder económico nas mãos de uma elite global cada vez mais reduzida e milionária seriam apenas uma fase desta nova forma emergente de estar em sociedade.

Isso lemos, quer nas palavras de Clinton quer nas de Castells, quando , por exemplo, afirma, sintetizando todo o processo, nestas palavras: Numa perspectiva histórica mais ampla, a sociedade em rede representa uma transformação qualitativa da experiência humana. (pág. 614)

Mas Clinton foi um líder cuja prática política cresceu já no espaço dos media - A liderança personaliza-se e a produção de imagem é produção de poder. (Castells, pág. 613)

Por isso, não posso concluir sem antes fazer referência a um texto de Rainer Randolph sobre esta problemática e que desenvolve as seguintes questões, partindo das conclusões que Castells apresenta no final do seu livro (Sociedade em Rede):

Ou seja, do ponto de vista de uma perspectiva crítico-emancipatória, estas sociedades serão capazes de resolver os problemas (económicos, sociais, políticos,culturais) das sociedades capitalistas contemporâneas. Prometerão, assim, o “paraíso”?
Ou vão aprofundar e radicalizar ainda formas actuais de desigualdades e exclusão social e política, de violência e crises - portanto, configurar-se como um pesadelo?

Afinal, a questão de saber se a utopia informacional não nos está a deixar ver o seu lado obscuro.

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