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MREL-MPEL09 - Atividade 1 | Fase 3: Discussão em fórum em torno das potencialidades, desafios e oportunidades dos OERs no contexto do e-learning, abordando, também, o trabalho elaborado pelas equipas.

Autora :  Rosalina Simão Nunes.
Recursos educativos abertos (OER): Actividade I
  1) Quais as potencialidades, oportunidades e desafios mais significativos dos OERs no contexto do e-learning?                                      

Desafiospor Rosalina Simão Nunes - Sexta, 24 Abril 2009, 02:27

Penso que, neste momento, o maior desafio dos OER, no contexto do e-learning, é colocado ao professor / educador e traduz-se na necessidade de encontrar, adaptar e / ou criar OER eficazes por forma a irem ao encontro dos alunos, quer no que respeita as suas capacidades, quer o contexto em que essas aprendizagens sejam feitas, conteúdos e objectivos. Só assim existirá uma aprendizagem activa.
E trata-se de um desafio porque os professores, maioritariamente, só contactaram com as novas tecnologias na idade adulta. Logo há a necessidade de alterar o paradigma, já que, agora, as aprendizagens devem ser cada vez mais autónomas e abertas. Sempre disponíveis ao enriquecimento. E aqui não posso deixar de referir a importância das Referências, constantemente presentes nos materiais e que promovem fortemente o desenvolvimento da autonomia. Autênticas autoestradas do conhecimento.

Re: Desafios / Adendapor Rosalina Simão Nunes - Sexta, 24 Abril 2009, 03:43 Há pouco esqueci-me de exemplificar, a propósito das Referências, o quanto foi importante para o desenrolar do trabalho de construção da página Compose a referência deixada no espaço de discussão pela Professora: http://pt.wikipedia.org/wiki/Portal:Geografia.

Re: Desafiospor Rosalina Simão Nunes - Domingo, 26 Abril 2009, 11:50 Considero que é importante alterar esta perspectiva face à utilização da tecnologia revelando o quão compensador pode ser a utilização de OERs, não só enquanto plataforma de trabalho, mas também como reservatório de material facilmente acessível e disponível.
Teresa, Bom dia. :)
Concordo consigo, quando afirma que é necessário alterar a perspectiva face à utilização da tecnologia. E julgo que nós, os que somos professores e já temos consciência disso, temos quase a obrigação de ir, nas nossas escolas, sensibilizando os colegas para isso.
Também concordo com a Professora, quando afirma que, no âmbito dos OER, é preferível usar o termo recurso em vez de Plataforma. O conceito de plataforma será mais amplo e poderá designar o espaço onde colocamos os recursos, por exemplo a Plataforma Moodle, permitindo alguns deles, inclusive, veja-se o caso dos Wiki, desenvolver sub-plataformas de trabalho / discussão.

Desafios / Alterar o Paradigma ou o Medo? - Parte Ipor Rosalina Simão Nunes - Domingo, 26 Abril 2009, 12:09
A maior parte dos professores que aceitaram a mudança, é porque perceberam que não tem saída.
Bom dia, Marcus.
Desculpe, mas considero esta sua ideia muito redutora. Eu aceitei a mudança, todos os dias participo nela, e não o fiz porque tenha percebido que não tinha saída, mas sim, porque percebi que era a saída.
Eu e a maioria dos professores portugueses. Mesmo quando afirma que Os professores não foram preparados para esta linguagem tenho de voltar a discordar de si.
Confira a média de idades dos professores que estão a fazer este Curso. São todos professores que aprenderam a sê-lo através de outra linguagem. No entanto, aqui estão e não me parece que as dificuldades que vão tendo desde que o Curso iniciou sejam maiores que as dos restantes. Isto é, os professores, e ao contrário do que tem sido veiculado, particularmente pela tutela, têm investido ao longo da carreira na sua formação.
O grande problema, pelo menos dos professores portugueses, é o facto de nas escolas onde trabalham não terem os meios técnicos para poderem desenvolver aquilo que já sabem. Exemplos muito concretos: na Escola onde estou, existe um projector para cerca de 600 alunos. Isso significa que em cada bloco de aulas apenas uma turma poderá usufruir desse instrumento. Para o mesmo número de alunos existem 14 computadores portáteis. Cada turma tem uma média de 25 alunos. Façam-se as contas. A Internet é lenta e está muitas vezes off.
Ora, será que se pode centrar o problema no professor? Não me parece. :)
(cont.)

Desafios / Alterar o Paradigma ou o Medo? - Parte IIpor Rosalina Simão Nunes - Domingo, 26 Abril 2009, 12:49 O professor precisa aprender a aprender com o aluno, pois ele é mais pesquisador do que o próprio professor....
Nesta expressão parece-me que esteja implícito que professores e alunos estejam lado a lado, no processo de aprendizagem. E este pressuposto talvez tenha sido um dos factores mais importante para a desacreditação daquilo que deva ser a Escola. E a desautorização dos professores.
É certo que se aprende com os alunos. Aprende-se, pelas suas participações, formas de estar, a alterar estratégias de motivação e apresentação de recursos, ou seja, aprende-se constantemente a ensinar.
No entanto, será errada a ideia de que se podem aprender com os alunos os conteúdos que, supostamente, são os alunos que devem aprender com os professores. Isso é a teoria do facilitismo...
Ao contrário da Teresa, eu não tenho dúvidas de que o professor seja mais pesquisador do que os alunos. Saber pesquisar não se mede pela quantidade de vezes que se inserem palavras no Google ou que se acede à Internet. Tem de se saber que palavras introduzir de acordo com as temáticas propostas para os trabalhos, que sites pesquisar. E depois seleccionar a informação. E isso os alunos não sabem fazer. Aprendem com os professores, na Escola.
Quanto ao domínio da técnica, os alunos podem ter mais facilidade na sua utilização, afinal já nasceram com ela. No entanto, voltam a ter de ser os professores que têm de os orientar nessa utilização, quando a mesma é usada como recurso pedagógico.
Um exemplo muito concreto: Iniciei, neste período, a elaboração do Caderno Diário Digital com um grupo de alunos restrito, escolhidos pela excelência, quer na organização, quer na responsabilidade. Inicialmente , pensei em desenvolver o trabalho através dum fórum da plataforma Moodle. No entanto, e porque começámos aqui, no Curso, a usar o Wiki, alterei a ferramenta, pelas potencialidades que lhe encontrei. E neste momento o processo já iniciou. Um dos alunos cria sites como hobbie. Quando apresentei a proposta, não sabia do que eu estava a falar..

Re: Potencialidadespor Rosalina Simão Nunes - Sexta, 24 Abril 2009, 01:04 Encontrei nas seguintes palavras de Ilkka Tuomi a síntese do que para mim sejam as potencialidades dos OER e que, afinal, vai ao encontro do que aqui tem estado a ser debatido. Optei por manter o excerto em inglês, por ter efectiva consciência de que a minha tradução o empobreceria:
Assume a world where teachers and learners have free access to high-quality educational resources, independent of their location. Assume further that many of these resources are collaborative produced, and localized and adjusted for the learner’s specific needs and context. Assume that the cost of producing and maintaining these resources would be distributed across a large number of actors and countries. Assume further that were declining rapidly and, for practical purposes, the costs could be considered to be negligible.
Such a world exists, today, in a laboratory scale. In the next several years, it will become possible in a scale that will radically change the ways in which we learn and create knowledge.
Destaco, agora traduzidas, as palavras / expressões - chave do que sejam as potencialidades dos OER:

  • livre acesso a recursos de qualidade;

  • recursos produzidos de forma colaborativa;

  • recursos adaptados a necessidades e contextos específicos;

  • redução dos custos de produção dos recursos.

E, recorrendo à potencialidade sugerida pelo Luís Rodrigues, é entusiasmante saber que esse mundo já existe e que será possível alargar o seu espaço de actuação.
Ora, tendo em conta que o texto de Ilkka Tuomi a que faço referência data de 2006, arriscaria a dizer que já passámos, provavelmente, os the next several years. De que outra forma poderíamos entender este **vídeo**?!

Re: Pessoas com Handicappor Rosalina Simão Nunes - Segunda, 27 Abril 2009, 11:55

Alô, A somar à lista iniciada antes deixo este link. Um projecto que me parece bastante interessante e ambicioso já que tem como objectivo o seguinte:
The Digital Alliance Foundation is a not-for-profit, humanitarian organization dedicated to reducing human suffering by providing capacity-building, vocational information and communication technology (ICT) knowledge and skills to marginalized populations and in-country aide agencies around the world. To achieve this mission we have four strategic objectives: 
1) Ability: provide digital education to improve lives
2) Alleviation: reduce suffering & create a foundation for learning
3) Access: facilitate access to ICT's
4) Advocacy: to raise awareness and foster partnership.

Re: Duração dos OERspor Rosalina Simão Nunes - Sexta, 24 Abril 2009, 03:55Boa Noite, Carlos. Julgo que percebo a sua preocupação.
No entanto, não deixa de ser, no mínimo, curioso, que Keith Curtis, ex-funcionário da Microsoft, defenda agora o Open Source.
Não sei dizer qual possa ser a amplitude desta alteração de perspectiva, mas parece-me que deve ser tida em quanta na discussão.

Re: Usabilidade & Acessibilidadepor Rosalina Simão Nunes - Segunda, 27 Abril 2009, 11:07"Poderíamos usar as hiperligações a uma estrutura didáctica?"
Esta perspectiva da utilização das hiperligações parece-me muito interessante, ainda que deva ser usada de forma equilibrada, com conta, peso e medida. Já aqui no fórum de discussão houve quem abordasse a questão afirmando que , por exemplo, na Wikipédia, por vezes, ficamos confusos com a quantidade de links a consultar. Eu sinto o mesmo.

Familiarizar-se, praticar e divulgar vs Conhecer/Pesquisar, divulgar, praticando por Rosalina Simão Nunes - Quarta, 22 Abril 2009, 18:49
Recordo as dificuldades de uso dos OER por parte dos professores: primeiro é necessário que se familiarizem, pratiquem e depois, quando se sentirem mais à vontade, que o divulguem à turma. - Não sei se concordo com a última fase e que destaco a Bold.
Deduz-se pelas palavras da Sandra que os professores devem:
1º - Familiarizar-se;
2º - Praticar;
3 - Divulgar.
Ora, na realidade, o que suponho que deva acontecer seja:
1º - Conhecer o potencial do OER e/ou a ferramenta que se pretenda explorar, lendo e recorrendo a exemplos / experiências;
2º - Divulgar, praticando. Isto é, a melhor forma de desenvolver uma ferramenta de trabalho é observá-la a ser utilizada. Por isso, fazendo uma selecção criteriosa de alunos duma turma, atendendo, em especial, aos objectivos pretendidos, o professor pode ir analisando o processo e melhorando o OER e/ou a ferramenta e rapidamente poderá estender o processo a todos os alunos da turma. Até porque aqueles que, inicialmente participarem no projecto, poderão apoiar, com a sua experiência, os colegas a familiarizarem-se.
Este processo de aprendizagem se colocado em prática dará, certamente, excelentes resultados. Nele, o professor será, de facto, o orientador, o coordenador, e não a figura distante de outrora, aquele que detinha o poder do saber e se limitava a transmiti-lo.
Pelo menos esta foi a ideia com que fiquei das leituras que fiz.

Dificuldades / Processo de colaboração na equipa / Primeira liçãopor Rosalina Simão Nunes - Quarta, 22 Abril 2009, 19:14
Das dificuldades sentidas por si, Teresa, destaco a seguinte:
Coordenação e comunicação entre os elementos do grupo.
Penso que este seja o calcanhar de Aquiles na criação de um Wiki.
Antes de escrever estas palavras, fui reler alguns textos que pesquisei para a construção do wiki. E a partir dessa referência fui dar a este **artigo**, do qual destaco as seguintes palavras:
It is in this culture of negotiation that people are aware that they don’t know everything; that others know different things; and through dialogue and negotiation, they can together create better things.
E, depois, já na conclusão:
Wikis offer a simple shared space to collaborate on things that really matter. This does not translate into the “build it and they will come” thinking. Rather, as described in this article, wikis will work only if all of the following are present:

  • The right culture. The talking, negotiating type.

  • A practical, compelling reason to collaborate, to share (it helps if they are a number of practical, compelling reasons).

  • A champion who can show the way.

Em suma, é fundamental que se aprenda, neste tipo de projecto, a negociar, partilhar, isto é, colaborar.
Sentimos dificuldade na colaboração e comunicação entre os alunos do grupo, talvez porque não faça parte da nossa cultura trabalhar em colaboração.
E esta é, quanto a mim, a primeira lição a retirar desta experiência.

Re: Dificuldades / Processo de colaboração na equipa / Primeira lição / Adendapor Rosalina Simão Nunes - Quinta, 23 Abril 2009, 04:44
Onde se lê: "Sentimos dificuldade na colaboração e comunicação entre os alunos do grupo, talvez porque não faça parte da nossa cultura trabalhar em colaboração", deve ler-se: "Sentimos dificuldade na Coordenação e comunicação entre os elementos do grupo, talvez porque não faça parte da nossa cultura trabalhar em colaboração".
A necessidade desta agenda deve-se ao facto de, inicialmente, ter construído o texto de outra forma. Mas, pelo contexto, depreende-se que, no caso, faço transcrição das palavras da Teresa. Pelo que peço desculpa. :)

Re: Dificuldadespor Rosalina Simão Nunes - Sábado, 25 Abril 2009, 12:29
Gostava de reiterar a ideia de que a colaboração entre os elementos deveria ser, preferencialmente, na plataforma do curso.
Não percebo essa preferência. No wiki, é, também, possível a discussão. E está logo ali ao lado..., ficando, por isso todo o trabalho, construção e discussão, na mesma ferramenta. Em termos de organização julgo que haja vantagens nisso.

 2) Quais os pontos mais fortes / menos conseguidos nas páginaselaboradas pelas equipas? Que lições podemos retirar desta experiência?                                                                                                                                                                                                                  

Composepor Rosalina Simão Nunes - Sexta, 24 Abril 2009, 03:31
Na construção da página, dos vários aspectos que tivemos de abordar e desenvolver , aquele que roubou mais tempo de reflexão foi o da qualidade. Quer na elaboração da própria página, quer na análise do tópico quality.
Se, por um lado, na construção dos OER, se deve ter sempre presente o público-alvo, bem como o ambiente de aprendizagem e garantir que os recursos estão adaptados ao nível de compreensão dos alunos, por outro, há que garantir também que os recursos estão a ser construídos com base em referências válidas. Por isso escrevemos no tópico Sobre a qualidade dos OER que Talvez fosse importante criar, a nível internacional, princípios orientadores de certificação da qualidade dos OER. Isto porque, quando se retiram informações da web, não há forma de confirmar a qualidade dessa informação, dado que não existem quadros de referência.
A extensão deste softaware wiki - **FlaggedRevs** - poderá ser uma ferramenta de trabalho bastante útil no sentido de certificar a qualidade dos OER, pelo menos daqueles que sejam produzidos neste ambiente.
A propósito deste assunto, referência duas reflexões Interessantes estas
OER is still in very early stages of theory... to the extent that I am still not clear about how it should be considered (see this and this).
If OER is going to go beyond a small group of enthusiasts and multiple initiatives some serious work needs to be done. I am extremely impressed by the sorts of coordination that characterise Wikipedia (a prime example of OER resources), but that the best examples of OER courses are actually firmly institutionalised (Open Learn, MIT OER) holds an important lesson.
Em suma: Work needs to be done on how these different systems complement one another, and how they might be made to overlap. E a sustentação dessa complementaridade pode residir no simples acto de confiar.

Find - fase ou aspecto específico?por Rosalina Simão Nunes - Segunda, 27 Abril 2009, 11:33
Bom dia.
Introduzo aqui a minha questão/dúvida, pelo facto de ser o aspecto Find aquele que inicia a construção de um OER. Isto é, analisados os Wikis de todos os aspectos, começo a ter dificuldades em distinguir entre Find, Adpat e Compose como aspectos dissociados.
Afinal, para construir um OER acabamos por passar pelos vários aspectos. Logo, não se poderiam considerar os aspectos Find e Adapt como duas fases do Compose?!

Re: Sobre o Tema Licensepor Rosalina Simão Nunes - Segunda, 27 Abril 2009, 12:00
Tenho a certeza que não, mas quantos de nós já utilizou e não se preocupou com as licenças? Muitos certamente. - Por exemplo, na elaboração do wiki tive esse problema. Acabei por não o discutir com os colegas e as imagens foram usadas. :)
Julgo que este aspecto é muito importante e, de certa forma, relaciona-se com a qualidade dos OER.

Re: Sobre o tema Sharepor Rosalina Simão Nunes - Segunda, 27 Abril 2009, 21:43
Considero este aspecto dos OER muito importante. Afinal só existem OER se forem partilhados!
E claro que quanto maior for o cuidado na escolha dos espaços onde publicar e que versões disponibilizar, como o Rui refere, maior será o acesso aos OER. Maior a divulgação e partilha. Pelo menos é o que me parece que faça mais sentido.
A propóstito desta matéria, vi/ouvi hoje já por duas vezes esta apresentação: http://hosted.mediasite.com/mediasite/Viewer/?peid=1d2916149fbb4d8581462a90aa66ce83.
E quer da primeira, quer da segunda vez, se tivesse de indicar uma palavra / expressão aglutinadora para a mensagem que se pretende passar daquilo que o orador principal, Terry Anderson, nos dá a conhecer é, precisamente, a necessidade de partilhar / share.

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