MREL-MPEL09 - Atividade 2 | Tarefa 2: publicar entre 3 a 5 comentários (no total) como reacção a posts de colegas nos respectivos blogues.
Autora : Rosalina Simão Nunes.
Recursos educativos abertos (OER): Actividade I
1º Comentário - Recursos Educativos Abertos (REAs)
Boa tarde, Eduarda.
A minha atenção, no seu post, ficou presa na última imagem. (Forte!) E, em particular, à frase que lhe servirá de legenda: "Never have so many people written so much to be read by so few." (KATIE HAFNER)
Tive curiosidade em ler essa frase no seu contexto. Fui à procura. Encontrei-a num artigo do The New York Times. Katie Hafner é uma jornalista que escreve desde há muito artigos sobre tecnologia e sociedade.
E concretamente, nesse artigo, desenvolve a problemática da dependência que muitas pessoas desenvolvem em relação aos blogs. O artigo é de 2004, mas julgo que continua actual e, hoje em dia, se aplica, também, a outras ferramentas mais recentes como, por exemplo, o twitter.
A frase aparece, quando, no seu artigo, Katie fala do facto de haver cada vez mais blogs, o que não significaria, no entanto, que fossem lidos. E refere, inclusive, um aspecto que julgo que todos os que passaram já pela experiência de ter um blog sentiram: a sensação de quem ninguém nos lê. E é neste contexto que a frase surge:
"Sometimes, too, the realization that no one is reading sets in. A few blogs have thousands of readers, but never have so many people written so much to be read by so few."
Tratando-se apenas de uma constatação, no texto de katie, esta frase associada à foto de Barry D, leva-nos a reflectir sobre a pertinência da utilização destas novas ferramentas enquanto recursos educativos.
Concordo totalmente com a Eduarda, quando afirma que "Será muito importante modificar mentalidades e estimular os professores/educadores para a construção, utilização, adaptação, divulgação e partilha de REAs." eu acrescentaria que essa mudança de mentalidades deveria passar também pela mudança de metodologias. Nem sempre o recurso às tecnologias para criação de recursos é sinónimo de trabalho inovador.
Se se usar a tecnologia apenas como suporte mais facilitador para a transmissão de conteúdos, afinal, nada fica diferente. O processo de aprendizagem será o mesmo. Julgo que seja, de facto, a mentalidade que deva ser alterada. As metodologias têm de acompanhar o ritmo de evolução acelerado da inovação tecnológica.
O fundamental é saber comunicar.
Esta questão está, quanto a mim, bem ilustrada neste vídeo: Metodologia ou tecnologia.
Boa noite, José.
Neste post interessou-me particularmente a referência ao texto de Cameron Parkins, Apture. Isto porque estou, neste momento, a desenvolver com um grupo de alunos o projecto Cadernos Diários Digitais. E se a ideia já vinha a ser alimentada desde o ano passado pela utilização da Plataforma Moodle, achei que este era o momento ideal para pôr em prática, fruto de tudo aquilo que temos vindo a aprender no Curso, recorrendo, nomeadamente, a ferramentas que só agora começo a explorar, neste caso o Wiki.
Sem dúvida que esta nova ferramenta, se na prática permitir uma maior interactividade online, como Cameron Parkins preconiza no seu post, será um recurso pedagógico muito útil para o desenvolvimento deste projecto.
Aproveito para acrescentar que o recurso ao Blog como ferramenta pedagógica me parece muito interessante, já que nestes espaços os alunos terão de filtrar toda a informação por forma a tornar dinâmicos e interactivos os seus projectos.
Curiosamente, e como já estamos na fase de escolha da ferramenta para desenvolver o Caderno Diário Digital, os miúdos têm estado a escolher as ferramentas de acordo com as suas personalidades.
Isto é, dos três que já me disseram qual a ferramenta que pretendem desenvolver, uma optou pelo Blog. Trata-se de uma aluna excelente que apesar de estar a frequentar apenas o 8ºAno, tem desenvolvidas capacidades do ponto de vista da organização que se aproximam muito do nível secundário. Foi desenvolvendo um apurado espírito de síntese crítico, e escolhendo o blog, aceita o desafio de apresentar os conteúdos filtrados pelas suas leituras. Já outra, aluna também trabalhadora, mas muito cuidadosa no que respeita a novas situações, ainda que com uma grande vontade de evoluir, optou pelo site. Assim, podendo também inovar, escolhe uma ferramenta que lhe dá a segurança de efectuar um bom trabalho de organização, evitando o risco da ousadia que o Blog permite. A outra, sem dúvida, a aluna, menos segura, opta pela organização em “pastas”. O processo que se aproxima mais do registo do Caderno Diário em suporte papel.
Boa noite, Pedro.
Acabei agora de ler o teu post, inclusive as hiperligações a que a partir dele temos acesso.
E subscrevo, na íntegra, as tuas últimas palavras - "...existindo situações que comprometem este conceito".
Como escreve o Rui, "o acesso aos OER's é livre mas mediante as condições estipuladas numa licença pública".
Daquilo que vou lendo parece-me que a grande questão passa por saber quem tem /deve passar essa licença pública. Isto porque, até aqui, estávamos habituados a conhecer as entidades credenciadas para o fazer. Sabíamos, sem qualquer dúvida, quem tinha esse poder, essa responsabilidade.
A questão é que agora construímos, transformamos, divulgamos, partilhamos e só depois é que nos começamos a preocupar ou não com a necessidade de ter licença para isso. Questão que, no entanto, não nos inibi de continuar com o processo.
Será o procedimento correcto? Adequado? Estamos a agir em conformidade com... Pois, e aqui levanta-se também a questão de saber quais são as "leis" que regem a utilização da Internet.
Processo complicado!
Por exemplo, neste momento, os comentários no meu blog estão condicionados porque alguém decidiu invadir a minha privacidade. Alguém que criou, com a minha imagem, outro blog. Fazendo-se passar por mim. Denunciei a situação ao Blogger e a resposta deles foi: "Somos a favor da liberdade de expressão."
Se por um lado, o poder de criar OER e de os disponibilizar ao ritmo de um clique me agrada, podendo ou não recorrer às licenças já disponíveis, existe, neste processo livre, a outra face (e apetece-me chamar-lhe face negra...) que pode ser, no mínimo, incomodativa.
Poderá parecer que estou a fugir um pouco à questão. No entanto, parece-me que este assunto - recomendação do Parlamento Europeu ao Conselho referente ao reforço da segurança e das liberdades fundamentais na Internet - pode, num futuro demasiado próximo, talvez, condicionar, não só o acesso à internet, como também, por inerência, aos recursos educacionais abertos (OER's).
Veremos.
Bom dia, Rui.
Apesar de extemporâneo, ficam aqui registadas estas palavras.
Quanto li o seu post, interessou-me, particularmente, no 2º parágrafo, a ideia de que "a privatização do conhecimento é contraproducente à educação e progresso dos povos, com consequências nefastas para o meio ambiente."
Na altura, ainda pesquisei sobre esse último aspecto que registei agora a negrito.
Não encontrei nada que me permitisse aprofundar a questão. Mas agora, fazendo a pesquisa para a Actividade 3, dei com este artigo, de Fredric M. Litt - A nova ecologia do conhecimento: conteúdo aberto, aprendizagem e desenvolvimento - , cujo link aqui deixo. Creio que vai achar interessante.
Transcrevo apenas um excerto, onde se sublinha a importância dos OER neste novo processo de aquisição de conhecimento, contraposta, precisamente, à ideia de que que o conhecimento seja algo privado, individual:
O que motiva um profissional a se dedicar ao movimento open, contribuindo seu tempo e talento para a produção de algo que não trará benefícios
financeiros pessoais? Embora Adam Smith, no século 18, tivesse afirmado que seres humanos são, por natureza, egoístas e interessados apenas no seu próprio bem-estar, um novo paradigma de trabalho parece estar em desenvolvimento – um que encoraja compartilhar o produto do trabalho de pessoas ou
grupos com outras pessoas e grupos, sem envolver remuneração. Alguns dizem que é a expressão do sentimento daqueles que sentem que estamos em
uma época de abundância, e que a generosidade pega bem para pessoas “resolvidas”. Pelo menos na produção de Foss (software aberto).