ESR-MPEL09 - Atividade 2 | Em busca de uma definição de "cibercultura"
DESCRIÇÃO
Participação em Fórum - No segundo Fórum, foi-nos pedido que reflectíssemos e discutíssemos sobre a dimensão cultural da sociedade em rede.
Referências - "Sociedade em Rede", Cap. 5 de Manuel Castells e "A Cultura na Sociedade em Rede", por Pedro Abrantes.
Símbolo representativo da nova (ciber)cultura
não eram um filme, site ou signo linguístico ou porque, e principalmente por esta última razão, não se enquadravam no perfil daquilo que deveria ser um ícon da cibercultura.
Por exemplo, pensei no Taxi Dirver como símbolo cultural. Foi, sem dúvida, mas noutra era. Depois lembrei-me de Wake me up, before you Go-Go, dos Wham. Também um símbolo cultural e também de outra época. O que me leva a pensar que começo a estar ultrapassada...
Entretanto, e durante a leitura, achei que por símbolo cultural desta nova era, apenas deveria pensar naqueles que existissem na internet. Por isso, coloquei de parte a Jade Goody e o fenómeno Big Brother. LER MAIS
Tive alguma dificuldade em escolher um símbolo representativo desta nova (ciber) cultura, à luz da leitura que fiz do Capítulo 5. E isto, porque conforme ia lendo, vários exemplos me surgiam, mas eram logo postos de parte ou porque
Ana Free e outros - I (Símbolo )
"...o desenvolvimento da internet não se pode considerar, por si próprio, um movimento social. (...) Será assim? "- Para já, Professor, não sei responder a essa questão.
que passa a fazer parte da Rede. "...nos EUA, a rádio levou trinta anos a chegar a 60 milhões de pessoas; a TV alcançou este nível de difusão em quinze anos, a Internet levou apenas três anos após o desenvolvimentos da World Wide Web. (...)Esta questão não é de somenos importância: quem teve acesso mais cedo e a quê? Porque ao contrário da televisão, os consumidores de Internet são também os seus produtores por fornecerem conteúdos e moldarem a rede. Portanto, o tempo desigual de chegada das várias sociedades à constelação Internet terá consequências duradouras no futuro modelo de comunicação e cultura mundial." (A Sociedade em Rede, páginas 458 e 463) - Este é o movimento. Que nome terá, não sei. Mas é qualquer coisa de muito grande. E que provoca alterações no dia-a-dia das pessoas. Que lhes altera comportamentos. Que questiona valores e poderes estabelecidos.LER MAIS
No entanto, quanto mais leio sobre este fenómeno, a sensação com que fico é a de estarmos todos a participar numa autêntica revolução a todos os níveis. E a característica que me parece mais relevante é de todos os dias essa revolução ser alimentada, porque todos os dias há mais alguém
Cultura e poder no Século XXI
Novas oportunidades
Todos sabemos que o acesso às tecnologias é restrito (são muitos os estudos que o demonstram) a uma parte da população, o que leva a que as tecnologias de informação não contribuem de forma significativa e igualitária na educação e na criação de oportunidades iguais no mercado de trabalho.
É certo que, numa leitura muito restrita, no momento actual, o fosso entre os ricos e pobres nos parece cada vez maior. No entanto, é também certo que, e ao contrário do que escreve, as tecnologias de informação estão a contribuir de forma significativa e igualitária na educação e na criação de oportunidades iguais no mercado de trabalho. Veja, por exemplo, o caso das Novas Oportunidades.
Concordemos ou não com as políticas educativas, com as medidas preconizadas, com as formas de as desenvolver, não tenho dúvidas que hoje em dia os alunos da escola pública, em Portugal, têm um acesso facilitado à tecnologia. Facto que não acontecia há 10, 20 anos atrás. Não falo só do Magalhães, como também dos computadores com acesso à Internet nas Bibliotecas escolares, portáteis, salas equipadas com dispositivos próprios que permitem esse acesso. Há muitas escolas onde tudo isso já é possível. Não tenho dados para falar de uma maioria. Mas não estará longe, certamente.
Claro que o que se tem não é suficiente. De qualquer forma, tenho a certeza que com Projectos Educativos válidos, mesmo sem os números ideais, é possível contribuir de forma significativa e igualitária na educação e na criação de oportunidades iguais no mercado de trabalho.
Relações complexas
Talvez a fragmentação de que fala a [ ] seja uma boa pista para começarmos a construir uma visão mais complexa desta relação entre cibercultura e poder nas sociedades contemporâneas.
Para responder a este último desafio do Professor, socorri-me precisamente do seu texto - A Cultura na Sociedade em Rede.pdf - e detive-me, já no último capítulo, "Em busca de um sentido para os dias de hoje", nas seguintes afirmações:"...o aumento exponencial dos fluxos de pessoas e de informação que circulam pelo mundo conduziu a uma intensificação tão grande das relações interculturais que, por vezes, somos levados a pensar que todas as culturas se diluíram num mesmo referencial." - Esta ideia de cultura global, remete-me quase automaticamente para o conceito de meta-rede de Castells (Sociedade em Rede, página 614), desenvolvida a partir da construção social das novas formas dominantes do espaço e do tempo. LER MAIS
Ana Free e outros - II (Símbolo )
Neste vídeo, no canto infe no canto inferior esquerdo, podemos ler: "Ana Free / Uma história verídica". E em 30s ficámos a saber que uma jovem, Ana Free, tornou conhecida a sua música através da Internet.
Ana Free, nome artístico de Ana Gomes Ferreira, é filha de pai português e mãe inglesa. Desde os 11 anos que compõe e toca guitarra desde essa altura também. LER MAIS]
Reflexão sobre (ciber)cultura
Relendo agora alguns dos excertos que também a mim me pareceram
interessantes, fiquei apreensiva. Eu que até sou, por natureza, alguém que procura ver sempre o lado positivo, não posso deixar de notar que todas estas questões para as quais temos vindo a ser alertados desde que o curso iniciou, me começam a deixar algo insegura.
Uma coisa é fazermos parte do processo, sermos mais um entre tantos a usar esta nova forma de comunicar. Outra é começar a reflectir seriamente sobre a situação. LER MAIS
Utilizador Comum versus Hackers
A guerra nuclear, química, as armas de última geração, não são tão
diferentes das guerras que vivemos a cada dia contra aqueles que querem infestar os computadores do Utilizador Comum, que não fazem mal a ninguém, com vírus. Eles agem
Eles agem como verdadeiros assaltantes, ladrões, espiões, interferindo na realidade "real" de cada cidadão deste planeta.
Alô, Mónica.
Estive a reler o Fórum, como ponto de partida para a próxima discussão proposta pelo professor, quando reparei que não tinha ainda comentado as palavras que cito em cima da sua participação e tinha essa intenção.
Quando li este seu texto sobre o Utilizador Comum, e particularmente o excerto que transcrevo, lembrei-me deste artigo da Revista GQ, de Abril /09: "Cemitério Virtual". LER MAIS
Informação, conhecimento e cultura
Ainda me estou a documentar e esta não será a reflexão solicitada pelo Professor. Mas as palavras do Luís puseram-me a pensar.
A pensar. Não a sonhar. E a pensar que não faltará muito tempo para ter de começar a colocar, nos testes, o sinónimo de sonhar. Porque, como diz Castells, “o faz-de-conta se vai tornado realidade”, precisamente porque, subscrevendo o Luís, as categorias do tempo de do espaço vão desaparecendo, ou melhor, vão-se diluindo. LER MAIS
Cultura / praxis
E a cultura não era precisamente aquilo que era certo? Isto coloca-nos grandes problemas... a luta (pela reflexão) continua
Parto destas palavras do Professor para continuar a a minha reflexão sobre as diferenças entre informação, conhecimento e cultura, na era digital.
Ainda estou a ler sobre o assunto, mas hoje termina o prazo e é preciso escrever.LER MAIS
Admirável mundo novo
Se, por um lado, e perante os dados, as desigualdades no acesso à informação são cada vez maiores, também é claro que, se este acesso à informação não fosse cada vez maior, porque é, nós, os que temos acesso, não sentiríamos o peso dos números.
Teríamos nós consciência desses números se a internetnão existisse? Julgo que não. Olhando para as diferenças dos números, temos de assumir que a situação é caótica. Socialmente caótica.Talvez o homem tenha escolhido o segundo caminho*vaticinado por Aldous Huxley, em Admirável Mundo Novo, em vez de utilizar o conhecimento para produzir seres humanos livres. LER MAIS
Utopia informacional
Pergunto-me eu: que soluções diferentes têm as sociedades em rede? Se pensarmos que a actual crise financeira nasceu num sistema económico global, que resposta poderemos dar? As sociedades em rede falharam? Bill Clinton acha que não:
Não dá para desligar a globalização, diz Clinton (...) é preciso aumentar a interdependência entre nações ricas e emergentes neste momento de crise e reconhecer que um sistema económico global só sobreviverá com uma rede social também em escala mundial. LER MAIS
Globalização
Penso que aquilo que a Mónica descreve como negativo na Era da globalização, encontramos em Castells, como uma forma de capitalismo diferente dos seus antecessores. Nesta forma, os perdedores pagam pelos vencedores, mas os vencedores e os perdedores vão
mudando a cada ano, a cada mês, em cada dia, a cada segundo que permeia o mundo das empresas, empregos, salários, impostos e serviços públicos (...) onde o dinheiro se ganha e se perde, é investido e poupado, existe na esfera financeira. LER MAIS
Liberdade de expressão
Será que sob o pretexto de protecção dos cidadãos e dos Estados contra ataques terroristas, pedofilia, crimes informáticos, … não são obtidos dados pessoais que, ao constarem de uma base de dados e sendo relacionados com outras bases, permitem conhecer as necessidades do cidadão e desta forma, identificar objectivos económicos, políticos e governamentais?
Esta frase final fez-me recordar de novo o final Rede a que no primeiro Fórum fiz referência.
E esta questão é, de facto, muito complicada de equacionar. Afinal, mexe com algo que nos é deveras precioso: o direito à privacidade.
Boa noite... Bom dia, Teresa.
Achei muito pertinente a sua exposição.
Será que sob o pretexto de protecção dos cidadãos e dos Estados contra ataques terroristas, pedofilia, crimes informáticos, … não são obtidos dados pessoais que, ao constarem de uma base de dados e sendo relacionados com outras bases, permitem conhecer as necessidades do cidadão e desta forma, identificar objectivos económicos, políticos e governamentais?
Esta frase final fez-me recordar de novo o final Rede a que no primeiro Fórum fiz referência.
E esta questão é, de facto, muito complicada de equacionar. Afinal, mexe com algo que nos é deveras precioso: o direito à privacidade. E não tenho dúvidas de que os dados recolhidos sirvam quer para proteger quer para identificar objectivos económicos, políticos e governamentais. No entanto, isso não me assusta ou incomoda, enquanto indivíduo. São contingências da evolução.
O que já me causa alguma consternação é saber também que além dos aspectos referidos, esses dados possam de alguma forma condicionar a minha liberdade de movimentos e, particularmente, a liberdade de expressão.